Plicoma Anal

O QUE É UM PLICOMA ANAL?

Plicomas anais são pregas excedentes de pele na margem anal. Eles podem se desenvolver a partir da pele mantida esticada sobreposta a uma hemorróida externa trombosada ou a partir uma fissura anal. Também são comuns naqueles que possuem hemorroidas externas volumosas, e naqueles com dermatite anal crônica.

 

 

CAUSAS DE PLICOMAS ANAIS (Excesso de Peles no Ânus)

Os plicomas anais provêm de fontes diferentes:

  • Fissuras anais
  • Hemorróidas
  • Abscessos / Fístulas anais
  • Sexo anal
  • Dermatites anais crônicas
  • E outros
 

PLICOMAS ANAIS VERSUS HEMORROIDAS

Os excessos de pele são diferentes das hemorróidas. Como mencionado acima, as marcas de pele são apenas tecido excedente, enquanto as hemorróidas são vasos sanguíneos aumentados e dilatados. Embora não sejam a mesma coisa, eles estão relacionados – plicomas podem ser causados por hemorróidas. Com hemorróidas, especialmente as com trombose, o inchaço estica a pele e, depois que a hemorróida “em crise” regride, a pele não volta à sua forma original, deixando um plicoma (pele excedente). Existem maneiras de acabar com plicomas na região anal. Há limitações funcionais e / ou estéticas que requerem atenção cirúrgica.

 

 

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DE UM PLICOMA ANAL?

Os plicomas anais podem causar irritação localizada, desconforto, coceira e podem ser consideradas esteticamente desagradáveis. Eles podem causar problemas de higiene, dificultar o uso de roupas íntimas e também interferir na relação sexual anal.

 

 

QUAL O TRATAMENTO PARA PLICOMAS (Excesso de Pele) ANAIS?

Tratamento Não Cirúrgico

Utilizam-se banhos de assento e corticoides tópicos, que respondem apenas em casos muito brandos. Na maioria dos casos, no entanto, é necessária a cirurgia, que remove de forma funcional e estética os peles anais.

 

Tratamento Cirúrgico dos Plicomas

Os plicomas – peles anais são removidos com bisturi elétrico e excisão cirúrgica, com o pensamento voltado para objetivos funcionais e cosméticos. O profundo conhecimento da técnica e do comportamento do ânus na resposta às intervenções cirúrgicas é de suma importância.

 

 

RECUPERAÇÃO DA CIRURGIA DOS PLICOMAS ANAIS

A recuperação da cirurgia é semelhante a outros procedimentos anais. Operar nessa região claramente é sensível. As feridas cicatrizam em segunda intenção (semi-aberta). Alguns cirurgiões cometem o equívoco de remover muito tecido ou dar muitos pontos, implicando em recidiva no pós-operatório.

Não deixe que outros cirurgiões ou médicos digam que isso não pode ser feito ou que ele se recuperará com outra marca de pele. Se for feito corretamente e com alguém com o conhecimento adequado, isso não acontecerá. Outro aviso: não permita que alguém simplesmente remova o plicoma se houver outros problemas associados. É preciso cuidar primeiro da patologia primária, a fim de garantir um resultado apropriado.

A recuperação pós-procedimento da cirurgia anal geralmente é de 2-3 dias de aborrecimento mais constante, seguidos por 1-2 semanas de desconforto durante os movimentos intestinais. Tudo cura por 4-6 semanas. Alguns plicomas são muito pequenos e têm uma recuperação mais fácil, enquanto outras estão associados a grandes fissuras anais ou hemorróidas que precisam de tratamentos mais extensos.

Alguns casos de grandes excessos de pele podem precisar de 2 cirurgias para obtenção de perfeito resultado. Forma, função e estética andam de mãos dadas e devem ser pesadas igualmente no processo de tomada de decisão.

 

 

PREVENÇÃO DOS PLICOMAS ANAIS

Essa é uma resposta multifatorial, pois se refere a todas as doenças que podem ocorrer no ânus. No entanto, uma resposta que não é verdadeira é parar de fazer sexo anal. A chave é entender a ciência da defecação e do sexo anal, com o objetivo de minimizar o trauma na região. Obviamente, isso diminuirá a incidência de qualquer patologia associada que possa causar plicomas anais.

Algumas outras maneiras de ajudar a evitar o desenvolvimento de marcas de pele anal incluem:

Fezes suaves através de um aumento na ingestão de fibras e água;
Não ficar sentado no vaso sanitário por muito tempo;
Fazer higiene com água, eventualmente com lenços umedecidos, e evitando ao máximo a exclusividade do papel higiênico.
Ao fazer agachamentos ou exercícios para as coxas, certificar-se de contrair apenas os glúteos e não o ânus, para não gerar grande hipertonia no esfíncter anal;
A sugestão final é consultar um médico logo após um trauma na região anal, outras queixas na região, ou se os sintomas persistirem.

Dr João Ricardo Duda
CRM Pr 22961
Titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia